A desaceleração dos preços nos EUA
Os preços pagos pelos consumidores dos EUA provavelmente aumentaram no ritmo mais lento em setembro, mostrando que a inflação não será uma ameaça, enquanto a economia emerge da recessão, disseram os economistas antes da divulgação de hoje dos relatórios. O custo de vida pode ter subido 0,2%, depois de aumentar 0,4% em agosto, segundo a mediana das 79 projeções da pesquisa da Bloomberg News. Outros relatórios podem mostrar que a produção nas regiões de Nova York e Filadélfia continuou a se expandir este mês. A pior crise econômica desde a década de 1930 deixou o mais alto desemprego em 26 anos, e níveis recordes de casas desocupadas, sinalizando que empresas e locatários manterão os preços nos próximos meses. A falta de inflação pode influenciar os decisores políticos do Federal Reserve (Fed, o banco central), que já disse que pode manter as taxas de juros baixas por um longo tempo.
E mais
Os resultados dos bancos norte-americanos
Não confie no Dow a 10.000 pontos
As reformas na Alemanha
Xstrata abandona proposta de fusão com a Anglo American
Os resultados dos bancos norte-americanos
O Citigroup, banco norte-americano que possui 34% das ações em poder do governo dos EUA, registrou lucro de US$ 101 milhões, desafiando as expectativas dos analistas de perda, graças ao maior volume de depósitos e empréstimos. O lucro do terceiro trimestre é comparado à perda de US$ 2,82 bilhões há um ano antes, disse hoje em comunicado o banco de Nova York. Na comparação por ações, a empresa teve uma perda de US$ 0,27 por causa de uma acusação relacionada ao anúncio prévio de troca privada de ações preferenciais (do banco) por ordinárias (para o governo). Dezoito analistas consultados pela Bloomberg News estimavam uma perda de US$ 0,29 por ação.
O banco Goldman Sachs, a mais rentável instituição de títulos da história de Wall Street, divulgou lucro no terceiro trimestre, que excedeu as estimativas dos analistas sobre os ganhos com operações e investimentos feitas com dinheiro da própria empresa. O lucro líquido mais que dobrou, para US$ 3,19 bilhões, ou US$ 5,25 por ação, nos três meses findos em 25 de setembro, ante US$ 845 milhões, ou US$ 1,81 por ação no terceiro trimestre do ano passado, disse hoje o banco de Nova York em comunicado. A estimativa média de 22 analistas consultados pela Bloomberg foi de US$ 4,18 por ação, com intervalo de previsões entre US$ 3,48 a US$ 4,75.
Não confie no Dow a 10.000 pontos
Enquanto o índice Dow Jones dos EUA fechava acima dos 10.000 pela primeira vez em mais de um ano na quarta-feira, os economistas alertavam que o índice blue-chip não deve ser visto como sinal verde para a economia. O mercado acionário é conhecido como um dos principais indicadores econômicos, com os investidores apostando sobre o quão forte acreditam que os resultados empresariais e econômicos serão no futuro próximo (e, com isso, aumentando os investimentos). Ultimamente, tem havido um crescente consenso entre os investidores e economistas que a economia dos EUA atingiu o fundo do poço e se recuperou no início deste ano, e que agora está em recuperação.
As reformas na Alemanha
A coalizão de centro-direita da Alemanha, entre os democratas-cristãos (CDU, na sigla em inglês) e os democratas liberais (FDP), anunciou que vai continuar o programa de reformas iniciado pelo ex-chanceler Gerhard Schroeder (1998-2005). No entanto, a capacidade de prosseguir a reestruturação econômica será limitada pelo nível de deterioração das finanças públicas. O FDP pode ter dificuldade para implementar integralmente suas promessas de campanha de baixar os impostos; e o resultado poderia ser reformas moderadas.
Xstrata abandona proposta de fusão com a Anglo American
A mineradora anglo-suiça Xstrata abandonou nesta quinta-feira a sua proposta de fusão com a rival Anglo-American, depois de meses de resistência da Anglo. O conselho da Anglo rejeitou a proposta não solicitada de fusão da Xstrata em junho, chamando-a de desinteressante e com os termos da proposta “totalmente inaceitáveis“. A Xstrata propôs uma combinação que não oferecia nenhum prêmio aos acionistas da Anglo, mas disse que o acordo resultaria em economia de custos antes de impostos de US$ 1 bilhão por ano. Desde então, a Xstrata tentou seduzir os acionistas da Anglo para que apoiassem a associação que criaria um gigante da mineração mundial, com valor de mercado de cerca de US$ 94 bilhões.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/10/15/painel-internacional-88/#more-35957
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