25 de outubro de 2008

Brasil participa de eventos mundiais do Slow Food na Itália


Quinta-Feira - 23/10/2008

O açaí e outras frutas, além de pratos nacionais, estarão na Mostra da Agricultura Familiar do Brasil, montada no Salone del Gusto, em Turim, na Itália. Foto: MDA/Ubirajara Machado

A biodiversidade ambiental, cultural e social da agricultura familiar brasileira é destaque na Mostra da Agricultura Familiar do Brasil, montada com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Salone del Gusto, que teve início nesta quinta-feira (23), em Turim. O evento é a maior feira mundial do movimento Slow Food aberta ao público e deve receber 250 mil visitantes até o próximo dia 27.

Nos cinco dias de atividades, serão apresentados 22 produtos genuinamente nacionais e de alto potencial gastronômico. Açaí, baru, guaraná nativo, pequi, pinhão e buriti são alguns dos frutos brasileiros entre outros produtos a serem  mostrados em quinze empreendimentos apoiados pela Fundação Slow Food para Biodiversidade. Outras informações sobre os produtos e exposiotores da feira, além de deliciosas receitas, estão no catálogo "Brasil no Salone del Gusto”, disponível para download no site

 http://www.slowfoodbrasil.com/content/view/253/95/.

Terra Madre

As atividades do Salone del Gusto ocorrem paralelamente à realização do Terra Madre, encontro mundial que funcionará, entre 24 e 27 de outubro, como um grande fórum internacional para discussão do papel da alimentação e seu impacto econômico, ambiental, social e cultural entre as pessoas. Mais de 150 países estarão representados neste debate, que terá a participação de aproximadamente 9 mil pessoas, entre pesquisadores, gastrônomos e palestrantes reunidos em Turim.

O secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Humberto Oliveira, participará da abertura oficial do Terra Madre, marcada para esta sexta-feira (24). Ele avalia que a participação do Brasil nos dois encontros demonstra o empenho do  Governo Federal em valorizar a produção tradicional do trabalhador rural. “Queremos combater a pobreza não apenas dando um prato de comida, mas valorizando culturalmente e economicamente as atividades do campo. Por isso, reconhecemos a importância do produtor brasileiro e trabalhamos para ver o homem do campo cada vez mais protagonista de seu destino”, afirma.

Cinqüenta e uma comunidades brasileiras participam do Terra Madre. Elas são constituídas por agricultores, criadores, pescadores e produtores artesanais de alimentos. O grupo tem características comuns ligadas à qualidade e sustentabilidade das suas produções. O Brasil também enviará 13 chefs de cozinha, 13 representantes de universidades e 15 estudantes do Movimento Jovem pelo Alimento (Youth Food Movement). Segurança alimentar, alterações climáticas, economia local, sementes e biopirataria, além da experiência do MDA no apoio à agricultura familiar, são alguns exemplos de temas a serem debatidos por esse Fórum Internacional.

Redação revista eletrônica Oriundi

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