Sérgio Gabrielli: Petrobrás é que mais conhece o pré-sal O presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, defendeu a mudança da legislação para a exploração do pré-sal e o controle do Estado sobre esta camada recém-descoberta. "O pré-sal é bilhete premiado. Tem de ser mais caro. Eu defendo que o Estado tenha um controle mais profundo dessas áreas, escolhendo o operador. Espero que seja a Petrobrás, porque é quem conhece mais", afirmou em entrevista para a revista Época, rejeitando o sistema de leilões que beneficia as multinacionais do setor. "O modelo atual vem de um tempo em que o país não tinha acesso ao mercado internacional, a economia estava em crise e o preço do petróleo era baixo", disse, descartando o atual modelo de concessão no pré-sal porque "hoje o Brasil tem economia equilibrada. A Petrobrás está consolidada. No pré-sal, perfuramos 16 poços e, nos 16, há petróleo: 100% de acerto". Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Gabrielli rebateu as acusações perpetradas contra a estatal por parte da mídia, classificando a campanha como "fatos artificiais", "distorções" e "interpretações equivocadas". Ele citou órgãos como: O Globo, o Estadão, a Folha de S. Paulo e "uma revista". Perguntado sobre os salários dos executivos da estatal, Gabrielli disse que "isso é um exemplo" porque "até o Estadão entrou nessa matéria muito ridícula". Na entrevista, o presidente da estatal desmente todas as acusações e denunciou que o assunto sobre a remuneração dos dirigentes da Petrobrás "envolve um claro indício de crime de quebra de sigilo fiscal, porque, aparentemente, o repórter que fez a matéria pelo Correio Braziliense obteve de forma fraudulenta informações fiscais protegidas por sigilo (o jornal publicou reportagem mostrando que houve reajuste de 90% nos salários da direção da empresa entre 2003 e 2007). Dessa maneira, portanto, de um lado ela é evidência de um crime; de outro lado, do ponto de vista de valor, os valores são bastante modestos, comparados com empresas do mesmo porte. Todos os dirigentes da Petrobrás receberam R$ 7,108 milhões no ano de 2007. O Itaú teve R$ 244 milhões; o Bradesco, R$ 170 milhões; o Unibanco, R$ 153 milhões, o Gerdau, R$ 59 milhões; Vale, R$ 43 milhões; Sadia, R$ 16 milhões; Perdigão, R$ 14 milhões; Aracruz, R$ 9 milhões, CSN, R$ 9,5 milhões. Portanto, a Petrobrás é a menor de todas. Se comparar com empresas internacionais, então, a Exxon teve US$ 13,7 milhões, a BP, US$ 4,2 milhões. Então é absolutamente pequeno o tamanho da Petrobrás." Sobre a relação deste reajuste, de 90%, com a inflação do mesmo período, de apenas 33,92%, o presidente da estatal explicou: "O valor dos dirigentes da Petrobrás é o teto da carreira. O presidente ganha 15% acima do salário do maior gerente e os diretores, 10% acima. Então, se você tem um salário que é baixo para diretores, achata toda a cadeia de salários da companhia. Isso torna mais vulneráveis os profissionais da companhia às atrações de mercado (...)". "O reajuste dos salários dos diretores da Petrobrás acompanhou os acordos coletivos. O reajuste dos trabalhadores da Petrobrás não é relacionado à inflação. Houve aumento real, sim, nestes últimos anos. Os trabalhadores ganharam, inclusive, mais do que o reajuste dos diretores. Não há nada que motive um escândalo. O que estão fazendo é exclusivamente coscuvilhice, é tentativa de criar fofoca muitas vezes repetida para virar verdade." Gabrielli ainda afirmou que responderá a todas as questões colocadas pela CPI: "A Petrobrás está pronta para responder todos os temas do requerimento. Não temos problema nenhum". E disse em relação aos ataques da imprensa que: "estamos preparados. Nós ainda não atacamos ninguém. Só temos nos defendido". |
Cordialmente,
Profº Jeferson Pitol Righetto
http://profjefersongeo.blogspot.com/
Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o meio ambiente.
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