O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou na última quarta-feira, 24, que nos próximos dias o embaixador de seu país, Bernardo Alvarez, retomará suas funções diplomáticas nos Estados Unidos.
Da mesma forma, o representante norte-americano Patrick Duddy, se estabelecerá como embaixador na Venezuela.
“O secretário de Estado adjunto para a América Latina, Thomas Shannon, nos manifestou, como saiu em alguns meios de comunicação, todo o desejo do governo do presidente norte-americano, Barack Obama, para avançar em direção à melhora das relações entre os dois países”, afirmou o ministro venezuelano.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ian Kelly, afirmou que a normalização das relações “beneficia ambos os países”.
Kelly explicou que desde que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, falou na 5ª Cúpula das Américas com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a possibilidade de normalizar as relações, os países “trabalharam rumo ao objetivo de devolver os embaixadores” às capitais.
O tensionamento da relação diplomática entre Venezuela e EUA se iniciou com o aberto envolvimento dos EUA em apoio aos golpistas neste país e foi rompido em 2008, quando o presidente Hugo Chávez, decidiu expulsar do país o embaixador norte-americano, Patrick Duddy.
O ato foi feito em solidariedade ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que também havia expulsado membros do corpo diplomático norte-americano de seu país devido à ingerência direta da embaixada nos assuntos bolivianos. O então embaixador dos EUA na Bolívia, Philip Goldberg, organizou reuniões com líderes de grupos separatistas que buscavam aplicar um golpe contra o presidente boliviano.
O líder venezuelano afirmou na época que as relações da Venezuela com os EUA seriam restabelecidas quando os americanos tivessem um novo governo que respeitasse a América Latina.
Após a chegada de Barack Obama à presidência dos EUA, ambos os chefes de Estado, expressaram o desejo de resolver suas diferenças e restaurar as relações entre as nações.
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