27 de maio de 2006
Política de Substituição de Importações
Política de Substituição de Importações |
por André Pessôa |
Durante as décadas de 50 e 60, a Comissão Econômica Para a América Latina (Cepal) preconizava que o desenvolvimento dos países do terceiro mundo passava necessariamente por um amplo programa de substituição de importações. Esse programa tinha o intuito de possibilitar o surgimento de um setor industrial, produtor de manufaturados, que permitisse uma acumulação de capital suficiente para desencadear um processo de desenvolvimento econômico auto-sustentável e duradouro.
No Brasil, o setor mais capitalizado da economia era a agricultura. O programa cepalino pressupunha que o setor agrícola exportador gerasse divisas que permitissem a importação de bens de capital para a indústria nascente; fosse produtor de alimentos a preços baixos, para não pressionar os salários urbanos/industriais; fosse, também, fornecedor de mão-de-obra barata, para atender a demanda do setor industrial; e, ainda, que servisse de mercado consumidor para os produtos da incipiente agroindústria nacional de insumos modernos. A agricultura, como veremos, cumpriu seu papel satisfatoriamente.
A produção de alimentos entre 1949 e 1982 cresceu a uma taxa média de 3% ao ano para arroz, batata, cebola, tomate, milho, soja, café, cana-de-açúcar, cacau e laranja. Apenas para feijão e mandioca esta média ficou abaixo de 2% ao ano, o que, em comparação com a taxa de crescimento populacional no período, é insatisfatória.
No tocante a geração e transferência de recursos a agricultura também exerceu um papel importante. O setor agrícola sofreu uma série de medidas discriminatórias (tais como sobrevalorização cambial, impostos e cotas de exportação e tarifas de importação), sendo estas responsáveis por um drástico processo de transferência de renda do setor primário da economia para os demais.
Por outro lado, estas medidas também foram responsáveis pela diversificação da pauta comercial brasileira, com destaque para a crescente participação de produtos manufaturados. Em 1960, mais de 80% do valor das exportações brasileiras procediam da agropecuária; em 1990, essa cifra era de 29%. É importante lembrar que cresceu a participação de produtos industrializados, oriundos da agricultura. Em 1950, 95% do valor das exportações agropecuárias correspondiam à matéria-prima; em 1986, essa cifra foi de 68%, sendo que o restante correspondia a produtos processados e semi-processados.
Como fornecedor de mão-de-obra para os outros setores da economia, a agricultura também foi generosa. De 1960 a 1990, a população rural regrediu de 55% para 25% e a força de trabalho rural passou de 51% para 24% do total. Na década de 60, 14 milhões de pessoas deixaram o campo e nos anos 70 esse número chegou a 17 milhões. Esse processo de urbanização rápida trouxe implicações fortes sobre a demanda. Esta se tornou mais sofisticada, permitindo uma maior diversificação dos produtos e estimulando a consolidação da indústria de alimentos.
Outro aspecto de destaque da participação da agricultura no processo de substituição de importações aparece quando, estimulado pela oferta de crédito e pela expansão do mercado externo, esse setor surge como grande utilizador de máquinas, implementos, fertilizantes, defensivos etc. Durante a década de 70, o uso de tratores na agricultura nacional dobrou e o de adubo químico quadriplicou.
O programa cepalino trouxe, no seu contexto, além das transformações acima, alguns problemas graves à agricultura brasileira, sobretudo no que se refere à renda e ao aspecto distributivo. A taxa histórica de crescimento da agricultura brasileira no pós-guerra tem se situado próxima de 4% ao ano, enquanto para a economia como um todo a taxa média de crescimento tem sido de 6% ao ano. O crescimento agrícola, no entanto, apresenta um comportamento mais estável, sempre perto de 4% ao ano, sendo que para a economia em geral esta marca fica entre 5% e 8% ao ano. Como conseqüência, a participação da agricultura na formação da renda nacional caiu de quase 20% para 10% nos últimos 40 anos.
Simultaneamente, a população rural passou de 50% para 25% do total entre 1960 e 1990. Dessa forma, nos últimos 30 anos a renda per capita do setor agrícola passou de 32% para 40% da renda per capita nacional. Trata-se de evolução insatisfatória quando se considera a extrema desigualdade da distribuição da renda no País em geral e da agricultura em particular. Neste setor, 43% da renda era apropriado pelos 10% mais ricos e 16% pelos 50% mais pobres, em 1990.
Mudanças relacionadas ao desenvolvimento tecnológico também foram significativas no período. Até o fim dos anos 50, uma agricultura tradicional com baixo uso de capital, muita mão-de-obra e de ocupação sucessiva de solos de fronteira era importante complemento da estratégia de industrialização, porque não demandava o uso de divisas na importação de equipamentos e concentrava os gastos de investimentos em tecnologias que dessem ênfase ao uso da mão-de-obra abundante. Demandava ainda um pequeno volume de crédito bancário em relação aos demais setores da economia.
Durante a década de 60 verifica-se na agricultura brasileira um processo de transformação tecnológica que induz um uso mais intensivo da mecanização, aumentando substancialmente a produtividade do trabalho, incorpora o uso de fertilizantes e defensivos e, finalmente, o uso de variedades geneticamente melhoradas. Esse processo ficou conhecido como "revolução verde". Paralelamente começa a crescer a necessidade de intermediação financeira no setor agrícola, que agora, voltando-se mais para o setor interno, encerra um número maior de transações com a indústria e o comércio.
Outro ponto de destaque nesse período é o fato de que existia um conflito de interesses urbanos e rurais. O setor urbano desejava preços mais baixos; os agricultores reivindicavam uma renda melhor; a agroindústria nacional pressionava sempre por preços baixos para as matérias-primas de origem agrícola; e o Governo estava sempre disposto a abafar pressões altistas de preços agrícolas, atitude que sempre tinha em vista o ajustamento macroeconômico e a estabilização dos índices inflacionários.
Para acomodar esses conflitos e neutralizar pressões inflacionárias, o Governo adotou uma política de venda subsidiada de estoques e promoveu proibições e várias barreiras na exportação de produtos agrícolas. Promoveu, ainda, importações nas ocasiões de quebras de safras. Essa política, como se pode constatar posteriormente, foi responsável pela exclusão do Brasil, por muitos anos, do comércio exportador mundial de diversos produtos.
Finalmente, para acomodar pressões da indústria produtora de insumos, o Governo criou uma série de medidas de proteção tarifária para impedir a importação de equipamentos, máquinas agrícolas e insumos químicos. Tal medida foi responsável por parte considerável da perda de competitividade do nosso setor agrícola exportador, pois esse tinha que conviver com um vetor distorcido de preços relativos.
21 de maio de 2006
Geologia, Tectônica, Recursos Minerais do Brasil
Sistema de Informações Geográficas
&
Mapas na escala 1:2 500 000
* Mapa Geológico do Brasil
* Mapa Tectônico do Brasil
* Mapa de Recursos Minerais e Associações Metalogenéticas do Brasil
* Mapa de Recursos Minerais Industriais e Energéticos do Brasil
APRESENTAÇÃO
As informações contidas nos quatro CDs que compõem este volume traduzem o estado da arte do conhecimento geológico do território brasileiro e área oceânica adjacente na perspectiva da CPRM - Serviço Geológico do Brasil ao final do ano de 2001."
20 de maio de 2006
9 de maio de 2006
8 de maio de 2006
Salário mínimo deveria valer R$ 1.536, diz Dieese
Fonte: Pequenas empresas, Grandes negócios
O salário mínimo do brasileiro deveria valer 1.536,96 reais em abril, 4,39 vezes o valor atual, que é de 350 reais, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A avaliação do departamento é feita com base no maior custo apurado para o conjunto de gêneros essenciais e levando em consideração o 'preceito constitucional que determina que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de uma família, suprindo suas necessidades com alimentação, moradia, transporte, vestuário, saúde, educação, higiene, lazer e previdência'.
Segundo informações da Folha Online, em abril, o maior custo da cesta básica foi apurado em São Paulo. A cesta do paulistano subiu 3,20% no mês passado e atingiu 182,95 reais.
Em março, quando o mínimo equivalia a 300 reais, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese era de 1.489,33 reais, correspondendo a 4,96 vezes o valor de então.
5 de maio de 2006
O chão contra o cifrão
Noção de território nacional desponta hoje como único limite à ação cega do mercado
(28/2/1999)
MILTON SANTOS
Também não pode se limitar a uma discussão técnica para saber quem deve arcar com o ônus das atuais dificuldades financeiras da maioria dos 27 Estados e dos 5.507 municípios. O que está em jogo, na Federação, é o próprio sistema de relações em que se deveria fundar uma coexistência harmoniosa das atividades, das população e da administração.
A discussão sobre se há ou não crise institucional não se pode contentar com o argumento simplório de que as instituições, isto é, o Legislativo, os tribunais e os governos, estão funcionando. O problema é a qualidade desse funcionamento. Se Estados e municípios tornam-se incapazes de bem exercer o seu papel social e se a União, engessada por compromissos externos, apenas reconhece esses compromissos, o resultado substantivo é um empobrecimento institucional, que pode conduzir à ingovernabilidade e à deterioração dos laços sociais.
Tudo isso tem que ver com a maneira como o país decidiu participar do processo de globalização. Erigido em dado supremo das vidas econômica, social, cultural e política do nosso tempo, o dinheiro funciona como motor e como ator, impondo sua lei e invadindo tudo. Ele se comporta como se fosse dotado de uma racionalidade pura, exercendo-se, de modo inflexível, sobre as outras racionalidades.
A questão está nas outras formas de vida: há, de um lado, a chamada economia real, com todas as produções, todos os consumos, todo o movimento das pessoas e das mercadorias, e, de outro lado, a prestação de serviços socialmente devidos às populações e o próprio exercício da cidadania. Estes últimos são dependentes do fiel cumprimento de suas obrigações, pelas diversas instâncias político-territoriais, a União, os Estados e os municípios.
O problema é esse. Enquanto o dinheiro, na sua forma pura, busca se impor como um dado absoluto, o território é sempre impuro -porque misto-, o resultado de todas as relações entre a existência dos homens e as suas bases físicas e sociais. Levando-se em conta o processo histórico, o território não pode ser considerado uma tábula rasa, uma tela neutra, um espelho, porque é indissociavelmente integrado a todas as pessoas, empresas, instituições que o habitam, e assim dinamizado é, por sua vez, tornado atuante.
As soluções às possíveis derrapagens do funcionamento do financeiro são buscadas no interior do próprio sistema, para substituir uma lógica conjuntural por outra lógica conjuntural, considerada mais perfeita do que a precedente e legitimada por um discurso repetitivo e ruidoso. No mundo atual, o despotismo do dinheiro está ligado a uma lógica auto-referida e auto-explicativa, uma espécie de cachorro dando voltas e mordendo o rabo, razão pela qual busca remédio aos seus próprios tropeços mediante novas construções matemáticas. Sem dúvida, a ortodoxia do sistema financeiro casa-se bem com os setores da economia igualmente tributários de lógicas quantitativas, que potencializam a sua inflexibilidade. Mas a própria economia abriga setores que estranham esses rigores e envolvem a parcela maior da vida social e a prática existencial da maioria das pessoas. Por isso, quando tais lógicas são impostas a todas as situações, agudizam heterogeneidades e assimetrias e provocam fraturas e fragmentações.
Quando o subsistema financeiro se apresenta como se fosse o sistema econômico e social todo inteiro, revela a sua cegueira quanto ao resto da sociedade e desestrutura, ao mesmo tempo, os demais subsistemas. É assim que, ruptura após ruptura, brutalidade após brutalidade, a uma crise sobrevém outra, sempre mais aguda.
O dinheiro em estado puro dá as costas à realidade do ambiente em que se instala. Ele somente se preocupa com "outros dinheiros", cada pedaço das finanças buscando se harmonizar com outro pedaço -câmbio, juros, taxa de inflação, a caterva dos déficits e outros símbolos contábeis-, mas não com os demais setores da vida social. Mas estes têm como base a existência real das pessoas sobre territórios reais e não apenas uma representação estatística e simbólica da vida, como nos comunicados do Ministério da Fazenda e do Banco Central.
É por tudo isso que, hoje, seja qual for a escala, o território constitui o melhor revelador de situações, não apenas conjunturais, mas estruturais e de crise, mostrando, como no caso brasileiro, melhor que outra instância social, a dinâmica e a profundidade da tempestade dentro da qual navegamos.
O território é onde vivem, trabalham, sofrem e sonham todos os brasileiros. Ele é, também, o repositório final de todas as ações e de todas as relações, o lugar geográfico comum dos poucos que sempre lucram e dos muitos perdedores renitentes, para quem o dinheiro globalizado -aqui denominado "real"- já não é um sonho, mas um pesadelo.
O território acaba sendo um limite à ação cega da finança, inclusive porque as suas crises e tremores facilitam uma tomada de consciência dos problemas nacionais, regionais e locais, sobretudo quando o discurso do dinheiro, brutal e reiterado, deixa de ser eficaz e, oferecendo-se como caricatura, torna-se cínico. Fica evidente que a relação belicosa entre o dinheiro e o território revoluciona relações estabelecidas, altera equilíbrios recentes ou pacientemente adquiridos, sepulta valores, amplia o desemprego e afeta o orçamento das famílias e dos municípios e Estados, desorganizando, profundamente, o cotidiano das pessoas e das instituições locais.
A briga entre o chão e o cifrão, da qual está resultando uma sociedade fragmentada e uma Federação ingovernável, não pode ser resolvida como se o dinheiro em estado puro fosse o único pressuposto da vida nacional. Urge encontrar um caminho que nos leve a uma outra Federação, um recomeço a ser buscado com altivez cívica, humildade intelectual e sabedoria política e cujo ponto de partida seja o bem-estar da população e a sobrevivência da Nação.
Leia mais: Os deficientes cívicos
Guerra dos lugares
Áreas inteiras do Brasil têm sido retiradas do controle do país
(8/8/1999)
MILTON SANTOS
O imperativo da exportação, sugerido a todos os países como uma espécie de solução salvadora, é uma verdade ou apenas um mito? Afirma-se, com muita força, que os países que não exportam não têm presente nem futuro, sem explicar cabalmente por quê. A doutrina é tão forte que, embora isso não seja sempre reconhecido, chega-se ao paroxismo de agir como se o próprio território devesse também ser exportado.
Comecemos pela definição de território, na verdade uma redefinição. Consideremos o território como o conjunto de sistemas naturais mais os acréscimos históricos materiais impostos pelo homem. Ele seria formado pelo conjunto indissociável do substrato físico, natural ou artificial, e mais o seu uso, ou, em outras palavras, a base técnica e mais as práticas sociais, isto é, uma combinação de técnica e de política. Os acréscimos são destinados a permitir, em cada época, uma nova modernização, que é sempre seletiva. Vejam-se os exemplos das ferrovias na segunda metade do século 19 e das infovias hoje.
A partir da constituição do Estado moderno, tudo isso era considerado como base da soberania nacional e da competição entre nações. O exemplo mais eloquente é o de Colbert, ministro de Luís 14, engenheiro, geógrafo, economista, estrategista e estadista, preocupado com o traçado das estradas e canais na velha França, base, ao mesmo tempo, do crescimento do país e da sua competição com os vizinhos e com a Inglaterra. O território, assim visto, constituía um dado essencial da regulação econômica e política, já que do seu manejo dependiam os volumes e os fluxos, os custos e os preços, a distribuição e o comércio, em uma palavra, a vida das empresas e o bem-estar das populações. Era por meio desses instrumentos incorporados ao território que o país criava sua unidade e funcionava como uma região do Estado. "Regio" tanto significa região quanto reger, governar.
Com a globalização, o território fica ainda mais importante, ainda que uma propaganda insidiosa teime em declarar que as fronteiras entre Estados já não funcionam e que tudo, ou quase, se desterritorializa. Na verdade, se o mundo tornou possível, com as técnicas contemporâneas, multiplicar a produtividade, somente o faz porque os lugares, conhecidos em sua realidade material e política, distinguem-se exatamente pela diferente capacidade de oferecer às empresas uma produtividade maior ou menor. É como se o chão, por meio das técnicas e das decisões políticas que incorpora, constituísse um verdadeiro depósito de fluxos de mais-valia, transferindo valor às firmas nele sediadas. A produtividade e a competitividade deixam de ser definidas devido apenas à estrutura interna de cada corporação e passam, também, a ser um atributo dos lugares. E cada lugar entra na contabilidade das empresas com diferente valor. A guerra fiscal é, na verdade, uma guerra global entre lugares.
Por isso, as maiores empresas elegem, em cada país, os pontos de seu interesse, exigindo, para que funcionem ainda melhor, o equipamento local e regional adequado e o aperfeiçoamento de suas ligações mediante elos materiais e informacionais modernos.
Isso quanto às condições técnicas. Mas é também necessária uma adaptação política, mediante a adoção de normas e aportes financeiros, fiscais, trabalhistas etc. É a partir dessas alavancas que os lugares lutam entre si para atrair novos empreendimentos, os quais, entretanto, obedecem a lógicas globais que impõem aos lugares e países uma nova medida do valor, planetária e implacável. Tal uso preferencial do território por empresas globais acaba desvalorizando não apenas as áreas que ficam de fora do processo, mas também as demais empresas, excluídas das mesmas preferências.
Como as situações se alteram rápida, repetidamente e de forma inesperada, o território, sobretudo nas áreas mais afetadas pela modernidade globalizadora, torna-se instável, nervoso e, também, ingovernável. As crises territoriais revelam, brutalmente, as crises -nem sempre imediatamente percebidas- da economia, da sociedade e da política. O caso brasileiro ilustra de forma explícita essa entrega ao privado da regulação dos usos do território, sobretudo naquelas suas fatias, pontos e articulações essenciais. A privatização extrovertida das vias e meios de transporte e de comunicação agrava o conjunto de crises.
Importam-se empresas e exportam-se lugares. Impõe-se de fora do país o que deve ser a produção, a circulação e a distribuição dentro do país, anarquizando a divisão interna do trabalho com o reforço de uma divisão internacional do trabalho que determina como e o que produzir e exportar, de modo a manter desigualmente repartidos, na escala planetária, a produção, o emprego, a mais-valia, o poder econômico e político. Escolhem-se, também, pela mesma via, os lugares que devem ser objeto de ocupação privilegiada e de valorização, isto é, de exportação.
Não é simples metáfora dizer, a partir desse raciocínio, que está havendo uma entrega acelerada do território, já que o modelo econômico consagrado recusa ao país as ferramentas da sua regulação, pondo-as em mãos outras (geralmente estrangeiras), cujos projetos e objetivos podem ser inteiramente estranhos ou adversos ao interesse nacional. É desse modo que áreas inteiras permanecem nominalmente no território, fazendo parte do mapa do país, mas são retiradas do controle soberano da nação.
Leia mais: A vontade de abrangência